“Temos uma temática muito necessária e importante que já vem sendo incluída nos debates internacionais, inclusive pela própria ONU diante do pacto global, para que tenhamos uma meta de 30% de mulheres em cargos de liderança. Que elas possam contribuir com a sua gestão e seus pensamentos críticos e sensíveis, com lideranças humanizadas”, foi com essas palavras que a moderadora Ticiane Lima dos Santos, conselheira do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), iniciou o Talk Show sobre “Gestão de Empresas Contábeis, o jeito feminino de ser”. O bate-papo aconteceu na manhã de 7 de junho, durante o Conexão Contábil Nacional, em Campina Grande (PB).
Ticiane embasou a sua fala ao levantar dados que apontam 22% de mulheres contribuindo em empresas na América Latina. Para dar seguimento à conversa, cada painelista realizou uma breve apresentação do currículo de suas colegas. Participaram do talk show como convidadas a vice-presidente Técnica do CFC, Ana Tércia Rodrigues; a coordenadora nacional da Comissão da Mulher Contabilista, Marlise Alves; e a conselheira do CFC, Angela Andrade Mendonça.
Durante a rodada de perguntas, questionadas sobre os principais desafios que as mulheres enfrentam na gestão de uma empresa contábil, Angela Mendonça falou sobre as mulheres serem sempre cobradas sobre o seu conhecimento na área. “Uma dica que dou é que se você tem um cliente que duvida da sua capacidade, pegue todo o material possível e vá para a primeira reunião com ele já bem preparada. Estude, e faça daquela uma reunião de impacto, assim será possível conquistar o cliente e mostrar todo o seu conhecimento e segurança”, explicou Angela.
Já Ana Tércia detalhou três aspectos dos desafios enfrentados no dia a dia por mulheres na contabilidade, o primeiro deles foi o equilíbrio nos distintos papéis que as mulheres desenvolvem cotidianamente. Na oportunidade, a vice-presidente levantou o conceito de intraempreendedorismo, “esse conceito está muito presente dentro do dia a dia dos negócios de diversos ramos, mas no mundo contábil precisamos explorar esse conceito ainda mais, que é o de empoderar pessoas dentro do ambiente profissional para que possam empreender onde estão. Isto é, empreender dentro do próprio negócio que já atuam”, explicou.
Dessa forma, ela detalhou o segundo desafio, que é o de reter talentos. Já o último tópico abordado foi a valorização da própria essência, para ela esse é um dos grandes desafios. “Nós nos debatemos muito com o que podemos ser e com o que realmente somos, acabamos, enquanto mulheres, deixando o feminino de lado e modulando o lado profissional para o modelo masculino, que é o passado socialmente no ambiente do trabalho, então retiramos as emoções trazendo um comportamento mais centralizador, deixando de explorar a nossa essência que nos daria uma vantagem competitiva maior”, finalizou.
Na oportunidade, Marlise Alves destacou que um dos grandes desafios para ela é a administração do tempo. “Ainda com relação aos papéis que nós exercemos, e aqui as mulheres sabem de todos os seus equilíbrios no dia a dia, hoje trago como desafio a gestão do tempo, que precisa ser controlado”, disse. No ambiente profissional da contabilidade, ela destacou a necessidade de saber gerir a sua própria formação.
“Agora, já puxando para a parte da gestão de empresas contábeis em si, vejo que, atualmente, não basta mais ser somente o contador técnico, isso independente do gênero. Além disso, é preciso ser visionário e trazer o lado administrador, isso é, gerir as pessoas e os processos”, destacou Marlise. O talk show continuou com um amplo debate sobre diversas outras questões sobre o universo feminino dentro da profissão da contabilidade. Você pode acompanhar a íntegra do que aconteceu e de tudo que foi debatido no canal do YouTube do CFC. Clique aqui.
Fonte: Comunicação CFC
